Amputação
Amputação é a remoção total ou parcial de um, ou mais membros do corpo.
Imagine acordar um dia e a rotina que você viveu até agora não existe mais. É assim a realidade de alguém que passa pelo processo de amputação, especialmente porque as alterações psicológicas após perder uma parte do corpo são bem significativas também.
É preciso ter muita resiliência pra conseguir se adaptar ao novo dia a dia.
Além dos inúmeros desafios psicológicos causados pela amputação, a pessoa precisa seguir uma lista de cuidados gerais com o coto, que inclui o enfaixamento e higienização diária para evitar a síndrome do membro fantasma que, na maioria dos casos, prejudica o tempo de adaptação às próteses ortopédicas.
Inclusive, uma das principais atitudes que o paciente pode tomar antes mesmo de utilizá-las é procurar por mais informações sobre o universo da amputação.
Por isso, reunimos neste post, as principais informações sobre este assunto. Você também pode baixar gratuitamente nosso Guia Completo do Amputado.
Nível de amputação
O nível de amputação é responsável por apontar a altura exata em que a cirurgia ocorreu.
Entre eles, o membro pode ser amputado em 3 terços: proximal, médio e distal.
Amputação de membros inferiores
Hemipelvectomia
A cirurgia ocorre desde a bacia até o pé do paciente, dessa forma, a perna e boa parte do quadril são amputados.
Desarticulação de quadril
O osso da coxa, conhecido como fêmur, é amputado na altura da bacia.
Amputação transfemoral
A cirurgia é realizada abaixo da articulação do joelho até o joelho. Popularmente chamado de “amputação de coxa”,
Desarticulação de joelho
A rótula do joelho, tíbia e fíbula são amputadas, mantendo o fêmur do paciente.
Amputação transtibial
É a retirada total ou parcial da fíbula e tíbia, principais ossos da panturrilha. Frequentemente chamada de “amputação de perna”, a transtibial é uma das mais comuns no Brasil, especialmente porque boa parte dessas amputações são decorrentes de acidentes de trânsito.
Amputação de pé
Existem mais de 12 tipos de amputação de pé, que variam desde o desmembramento dos dedos até a desarticulação de tornozelo. Chopart, Listranc, Syme e Transmetatarsiana são as mais comuns.
Amputação de membros superiores
Desarticulação de ombro
Todo o braço do paciente é amputado, desde o úmero até a mão.
Amputação transumeral
Uma parte do braço é preservada, dessa maneira, a amputação acontece entre o ombro e a articulação do cotovelo.
Desarticulação de cotovelo
A articulação do cotovelo inteira é amputada, mantendo apenas o úmero.
Amputação transradial
A amputação ocorre abaixo da articulação do cotovelo, conhecida popularmente como “amputação de braço”.
Principais causas da amputação
Diabetes
A diabetes frequentemente é atrelada às amputações devido às complicações da síndrome do pé diabético. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é responsável por 70% das amputações no mundo todo.
Vale lembrar que a diabetes compromete a circulação sanguínea, dessa forma, a cicatrização do paciente não acontece, possibilitando a presença de infecções ou inflamações nos machucados que, na maioria dos casos, resulta em amputação.
Tumores Ósseos
Os tumores ósseos malignos, como Osteossarcoma e Condrossarcoma, são responsáveis por boa parte das amputações infantis.
O tratamento dessas doenças é realizado através do ressecamento dos ossos, que muitas vezes finda em amputação para não comprometer outros membros corporais.
Amputações Traumáticas
A remoção acidental de um ou mais membros do corpo é conhecida como amputação traumática, que pode ocorrer graças aos acidentes de trânsito ou acidentes de trabalho.
Infecções generalizadas
Quando uma bactéria, fungo ou vírus invade a corrente sanguínea de alguém, há a presença de infecções que se alastram rapidamente pelo corpo.
Neste contexto, a falta de oxigenação nas extremidades corporais pode causar amputação ou de pé, ou de mão.
Malformações congênitas
De acordo com a Organização das Nações Unidas, 1 a cada 33 bebês apresentam malformações congênitas que comprometem a fisiologia dos membros corporais.
Entre esses casos, podemos citar a Hemimelia Fibular como uma das principais causas para a protetização infantil.
Fisioterapia para Amputado
Tratamento pré-protetização
O principal objetivo dessa fase do tratamento é preparar o coto para receber a prótese ortopédica definitiva.
O fisioterapeuta se preocupa em ensinar os métodos para dessensibilização do coto, bem como a higienização e enfaixamento diário.
Tratamento pós-protetização
A segunda parte da fisioterapia tem como foco principal a usabilidade da prótese para que o paciente consiga se acostumar com o dispositivo responsável por recuperar sua independência.
No tratamento de amputados de membro inferior, por exemplo, a marcha e o equilíbrio são testados, especialmente para garantir que o coto fique confortável no encaixe, evitando assim, possíveis infecções ou inflamações.
Já para amputados de membro superior, a fisioterapia é feita com o acompanhamento do terapeuta ocupacional que vai garantir que ações comuns sejam realizadas, como o movimento de pinças com as mãos, segurar um garfo, escrever e assim por diante.
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