CER III

CER III

Áreas de Atuação em uma clínica CER III

Por envolver o cuidado com uma pessoa com deficiência, normalmente as áreas de saúde serão as mais contempladas, mas fica tranquilo que o CER III tem outros tipos de atuação.

Medicina

Se você pensou que o primeiro curso que abordaríamos aqui era o de medicina, acertou!

Dentro das especialidades que podem ser usadas em um CER III, estão: neurologia, neuropediatria, ortopedia, Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Terapia Ocupacional (T.O.), Serviço Social, Enfermagem, Ultrassonografia, Otorrinolaringologista, Audiometria.

O atendimento médico é o carro chefe, pois através dele poderá ser estabelecido o tipo de tratamento adequado e seu encaminhamento para a especialidade necessária a cada um.

Psicologia

Psicologia é a área da ciência que estuda a mente e o comportamento humano e as suas interações com o ambiente físico e social. A palavra provém dos termos gregos psico (alma) e logía (estudo).

O objetivo da psicologia é diagnosticar, compreender,  explicar e orientar a mudança de comportamentos humanos.

Entre elas, as principais são:

  • Psicologia Clínica;
  • Psicologia Comportamental;
  • Psicologia da Saúde;
  • Psicologia Educacional;
  • Psicologia Forense;
  • Psicologia Cognitiva;
  • Psicologia Esportiva;
  • Psicologia Social;
  • Psicologia Organizacional;
  • Psicologia Jurídica.

A psicologia estuda como as influências externas (a convivência com outras pessoas, familiares e as experiências de vida de cada indivíduo) e até mesmo internas (como crenças, valores e visão de mundo), afetam aforma do ser humano pensar, sentir e agir.

Todas essas conclusões são baseadas em estudos científicos testados e comprovados, feitos através dos métodos da observação, experimentação, descrição e até mesmo simulação.

Este último acontece quando o pesquisador ou professor simula possíveis comportamentos e ações, como o foco em encontrar hipóteses para solucionar problemas.

Um psicólogo consegue trabalhar em diferentes áreas dentro da psicologia, atuando de forma neutra e imparcial, com o objetivo de ajudar seus pacientes em seu desenvolvimento, através das mudanças de crenças e comportamentos nocivos.

A partir de diversas técnicas de análise, o psicólogo também é capaz de detectar doenças e distúrbios mentais ou de comportamento.

Ajuda também o paciente a interpretar os seus sentimentos e orientá-lo a compreender as suas emoções.

Áreas da psicologia

As áreas da psicologia representam os diversos campos de trabalho que o profissional pode exercer a prática psicológica.

Psicologia Social

Psicologia social é o ramo da psicologia que obteve maior desenvolvimento na primeira metade do século XX.

Tem como objeto de estudo o comportamento social dos seres humanos no contexto de grupos e aborda fenômenos como o encontro social, interdependência e interação social.

Psicologia organizacional e do trabalho

A psicologia organizacional estuda os comportamentos que ocorrem no contexto de organizações e instituições. Contempla também situações relacionadas à gestão de recursos humanos dentro das empresas.

Ela também está relacionada com a psicologia do trabalho, que é mais abrangente. Enquanto a organizacional foca nas empresas e nos processos institucionais, a psicologia do trabalho tem foco no bem-estar e segurança do indivíduo em seu ambiente laboral, sendo fora ou dentro de uma organização.

Psicologia infantil

É a área da psicologia evolutiva que se ocupa da investigação e estudo das manifestações psíquicas na idade infantil.

Para além do registro de cada um dos períodos evolutivos, são investigadas diversas funções em particular, como a evolução da fala, da memória, dos sentimentos, dos valores, entre outros.

Psicologia clínica

Consiste no acompanhamento e tratamento de questões emocionais dos pacientes, a partir de sessões particulares, individuais ou em grupo.

Psicologia da saúde

Consiste em ajudar doentes e demais pacientes que estejam enfrentando algum tipo de recuperação física ou mental a superarem as condições negativas impostas pela sua situação de saúde. Além disso, também fornece auxílio psicológico aos familiares da pessoa hospitalizada.

Nessa área, o psicólogo costuma trabalhar em parceria direta com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e demais profissionais da área da saúde.

Psicologia educacional

O profissional dessa área costuma atuar em escolas, creches e demais instituições de ensino. O seu principal objetivo é ajudar alunos, pais e responsáveis a solucionarem problemas que podem estar atrapalhando o processo de aprendizagem do indivíduo.

No âmbito escolar, também é comum a presença do psicólogo como um orientador profissional, ou seja, um aconselhador vocacional que ajuda os estudantes sobre qual a melhor carreira a seguir de acordo com o perfil de cada um.

Psicologia esportiva

Trabalha diretamente com atletas e competidores esportivos, dando suporte psicológico antes e depois das competições, por exemplo.

O psicólogo desta área tem o propósito de auxiliar o esportista a conseguir lidar com suas emoções e sentimentos para que estas não atrapalhem o seu desempenho nas suas atividades.

Psicologia jurídica

O psicólogo que atua na área jurídica costuma acompanhar os processos de adoção, violência contra menores e todas as outras situações que possam abalar psicologicamente a pessoa e que estejam relacionadas com a justiça.

Na psicologia jurídica também é comum o acompanhamento psicológico dos prisioneiros, por isso a presença de um psicólogo em presídios e penitenciárias é aconselhável.

Psicologia do trânsito

O psicólogo atua no aconselhamento psicológico dos condutores, evitando que problemas emocionais afetem o desempenho dessas pessoas no trânsito.

A psicologia do trânsito ainda tem a finalidade de desenvolver iniciativas para os pedestres e motoristas com histórico de infração.

O propósito é entender quais prováveis problemas sentimentais os indivíduos analisados possam ter e que influenciam direta ou indiretamente no ambiente (especificamente no trânsito).

Psicologia Forense

É a área da psicologia que está diretamente ligada com a justiça e questões legais.

Neste caso, os psicólogos são responsáveis por avaliar o perfil psicológico de indivíduos criminosos, ajudar crianças em casos suspeitos de abuso, além de preparar pessoas para testemunhar em julgamentos que envolvam crimes.

Psicologia cognitiva

Está diretamente ligada aos processos de como o indivíduo pensa, aprende e lembra.

É a área da psicologia que está focada no estudo dos processos mentais internos.

Os psicólogos que atuam na área comportamental estudam e trabalham em aspectos como atenção, motivação, aprendizado, foco, memória, solução de problemas, entre outros fenômenos associados à forma de entendimento e aprendizagem do indivíduo.

Um psicólogo consegue trabalhar em diferentes áreas, como:

  • escolas;
  • empresas;
  • hospitais;
  • em áreas esportivas, entre outros.

Um profissional da psicologia avalia seus pacientes de forma imparcial com o objetivo de ajudá-los em suas frustrações, medos, ansiedades e traumas, ou também no desenvolvimento cognitivo e no autoconhecimento.

Atua através de uma escuta ativa, percebendo a forma que seu paciente enxerga o mundo e o que acontece ao seu redor. A partir disso, o profissional observa, compreende e descobre as distorções do paciente, identificando suas crenças criadas, sentimentos e comportamentos.

O foco do psicólogo é identificar essas distorções, fazer com que os pacientes a percebam e que a partir disso, ele compreenda suas atitudes nocivas.

Com base nesta observação e escuta, o profissional trabalha o autoconhecimento e a autopercepção, fazendo com que o paciente enxergue novas possibilidades de crenças e comportamentos, tendo uma perspectiva responsável e positiva em relação a sua vida.

Toda essa atuação do psicólogo é pautada em estudos cientificamente testados e comprovados, baseados em análises, observações e experimentos.

A psicologia é importante não somente para o paciente, mas também para os familiares que estão muito envolvidos no processo.

Fisioterapia

É a ciência que estuda, diagnostica, previne e recupera pacientes com distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano. Trabalha com doenças geradas por alterações genéticas, traumas ou enfermidades adquiridas.
O objetivo desta área é preservar, manter, desenvolver ou restaurar (reabilitação) a integridade de órgãos, sistemas ou funções. Utiliza-se de conhecimento e recursos próprios como parte do processo terapêutico nas condições psico-físico-social para promover melhoria de qualidade de vida.

Fundamenta ações em mecanismos terapêuticos sistematizados pelos estudos das ciências morfológicas, fisiológicas, patológicas, bioquímica, biofísica, biomecânica, cinesia, sinergia funcional, cinesia patologia de órgãos e sistemas do corpo humano.

Além das disciplinas comportamentais e sociais.

O fisioterapeuta inicia um atendimento realizando um diagnóstico fisioterapêutico do paciente.

Ele analisa e interpreta exames e laudos médicos para ter uma visão ampla do estado de saúde do paciente e identificar alguma possível lesão.

Observa também os movimentos do paciente, se tem dificuldade motora ou sente dor.
A partir do diagnóstico, o fisioterapeuta prescreve o tratamento a ser realizado.

O tipo varia de acordo com a condição do paciente e a lesão a ser tratada, podendo ser:

  • Aplicação de massagens;
  • Exercícios físicos;
  • Tratamento a base de frio e calor;
  • Exercícios na água.

A primeira parte do tratamento é realizada na presença do fisioterapeuta, que acompanha cada movimento e orienta o paciente no exercício, identificando o progresso no restabelecimento dos movimentos.

Uma fase posterior do tratamento também pode consistir em exercícios que o paciente fará sozinho, em sua casa.

Neste caso, o fisioterapeuta ensina os movimentos que deverão ser feitos e orienta sobre a frequência e força que deve ser aplicada em cada um deles.
O fisioterapeuta reavalia o paciente regularmente para identificar a melhora em seu quadro geral de saúde e ajustar o tratamento. Em geral, ele mantém uma ficha de avaliação corporal, onde anota alguns dados pessoais,  hábitos, possíveis queixas de dor e histórico familiar de doenças.

Um fisioterapeuta é essencial principalmente para pessoas com deficiência física ou cerebral.

Quais são as áreas da fisioterapia?

Pediátrica, Neonatológica e Hebeátrica

É a especialidade que utiliza de métodos e técnicas próprias para o tratamento de enfermidades de recém-nascidos, crianças.

Geriátrica e gerontológica

Estuda, previne e trata as disfunções decorrentes do processo de envelhecimento junto com a geriatria, mediante a administração de condutas fisioterapêuticas, prevenindo problemas funcionais e promovendo a recuperação funcional global de pessoas idosas.

Dermatofuncional

Especialidade que diagnostica, estuda e trata as afecções dermatológicas e intertegumentares.

Uroginecofuncional e Obstétrica

Tem como principal objetivo a prevenção e o tratamento de disfunções urinárias, fecais e sexuais, por meio de recursos diversos, entre eles a reeducação do assoalho pélvico e musculatura acessória, os quais serão submetidos a exercícios de fortalecimento. 

Obstétrica

Se baseia em promover uma melhor adaptação da mulher às mudanças do seu corpo no período de gestação, preparando todas as suas estruturas para o parto.

Neuro funcional

Área que visa ao estudo, diagnóstico e tratamento de distúrbios neurológicos que envolvam ou não disfunções motoras; por exemplo, pacientes que sofreram um acidente vascular encefálico (AVE).

A fisioterapia neuro funcional induz ações terapêuticas para recuperação de funções, entre elas a coordenação motora, a força, o equilíbrio e a coordenação.

A terapêutica em Fisioterapia neurológica baseia-se em exercícios que promovam a restauração de funções motoras, de forma a resolver deficiências motrizes e aperfeiçoar padrões motores, com importante fundamentação nos princípios neurofisiológicos da facilitação neuromuscular proprioceptiva.

Traumato-ortopédico-funcional

Estuda, diagnostica e trata as disfunções musculoesqueléticas, de origem ortopédica ou decorrente de traumatismos, além de doenças de origem reumatológica. Utiliza os recursos terapêuticos para aumentar a capacidade de movimentação, estimular a circulação e diminuir as dores de pacientes com fraturas, traumas musculares e entorses.

Respiratória

Conjunto de procedimentos fisioterapêuticos que visam melhorar a dinâmica respiratória e a distribuição do ar inalado no pulmão, remover secreções brônquicas, obtendo assim melhor função respiratória.

Além das técnicas manuais, existem diversos equipamentos que auxiliam na obtenção destes resultados.

Orofacial

Atua principalmente na saúde bucal em conjunto com a Odontologia e Fonoaudiologia, tratando de disfunções da articulação temporomandibular, além de tratar disfunções relacionadas problemas oculares e pré e pós-operatório de cirurgias plásticas faciais.

Esportiva

Atua diretamente nas atividades esportivas, na preparação, prevenção e recuperação de lesões no processo de reabilitação de atletas em clubes, times, academias, etc.

Manipulativa

Área de especialização que lida com o manejo de condições neuro-músculo-esqueléticas, embasada no raciocínio clínico, usando abordagens de tratamento altamente específicas, incluindo técnicas manuais e exercícios terapêuticos.

A FMO também abrange e é conduzida pela evidência clínica e científica disponível e pelo quadro biopsicossocial de cada paciente.

Acupuntura e fisioterapia

É uma especialização reconhecida pelo COFITO desde 1985 e consiste na aplicação da acupuntura e de outras técnicas corporais da medicina tradicional chinesa aos problemas músculo-esqueléticos tradicionalmente abordados destacando-se aspectos da terapia e dor, comportamento depressivo e a reorganização das sensações corporais.

Oncofuncional

Tem como objetivo preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico.

Os procedimentos da fisioterapia contribuem para a prevenção, cura e recuperação da saúde.

Para que o fisioterapeuta eleja os procedimentos que serão utilizados, ele terá de proceder à elaboração do diagnóstico Cinesiológico Funcional identificando a abrangência da disfunção, assim como acompanhar a resposta terapêutica aos procedimentos indicados pelo próprio profissional.

Quais são as vantagens da fisioterapia?

Melhoria de postura

Ter uma simetria corporal é fundamental para evitar dor lombar, incômodo na região central da coluna e problemas mais sérios no futuro, como a lordose cervical.

Assim, introduzir a fisio em sua rotina é uma maneira de restabelecer a sua postura, melhorar os hábitos posturais e, consequentemente, a sua qualidade de vida.

Diminuição de dores

Esses problemas ocorrem por vários motivos, como a prática de atividades físicas ou esportes (também chamada de lesão desportiva), esforços físicos (como carregamento de peso), mau hábito postural, utilização constante de meios tecnológicos (o que pode causar a má postura); ou qualquer incidente, como uma contusão.

Contra isso, um profissional está altamente capacitado para efetuar essa reabilitação física e funcional, diminuindo de maneira significativa as dores, mesmo que musculares.

Prevenção de possíveis lesões

Quando o tratamento de uma determinada lesão acaba, é fundamental dar continuidade ao acompanhamento e, de preferência, com a própria fisio. Isso é importante para que o problema não volte a aparecer, tornando o processo de reabilitação mais demorado e doloroso no futuro.

A prevenção de outras possíveis lesões também acontece porque, com o procedimento, o seu corpo e a sua musculatura vão se fortalecer e se manter mais equilibrados, sofrendo menos impacto quando houver alguma situação que possa causar algum problema físico.

Tratamento e prevenção de doenças crônicas

A fisioterapia tem um grande aspecto funcional.

Na área cardiopulmonar, com exercícios técnicos e específicos e com a manutenção da saúde, é possível tratar e prevenir os fatores de risco e as doenças crônicas, como obesidade, pneumonia, hipertensão, diabetes e até mesmo o câncer. Tudo isso porque, com o tratamento, é possível causar um impacto positivo em todo o corpo e na mente dos pacientes.

Auxílio para um treino físico adequado

Se você busca praticar um exercício físico equilibrado, é interessante que você procure um fisioterapeuta. Dessa forma, será possível realizar uma prática correta, sensata e adequada das atividades, sem forçar exageradamente musculatura alguma.

Assim, você vai evitar danos que poderiam ser irreversíveis durante toda a sua vida.

Além de evitar futuros incômodos e dores ocasionadas por uma atividade física sem orientação.

Controle da insônia

A insônia, caracterizada pela dificuldade de adormecer, pode ser causada por vários motivos, entre eles: o bruxismo, os problemas na respiração, a má simetria corporal e, também, a síndrome das pernas inquietas e existem processos fisioterapêuticos capazes de tratar esses problemas e assegurar uma qualidade de sono, pois eles agem em todo o corpo, mente e organismo!

Melhoria de doenças respiratórias

Com a ajuda da fisioterapia respiratória, que aperfeiçoa o transporte do oxigênio, é possível que alguns problemas de respiração melhorem ou sejam tratados. Entre eles, pode-se destacar a asma e a bronquite.

Auxílio na diminuição de problemas urinários

Atualmente, os problemas urinários, como a incontinência, atacam mulheres e homens em vários momentos. Entretanto, o tratamento pode ser bem mais simples do que se imagina, especificamente se for feito por meio da fisioterapia uroginecológica.

Esse tipo de fisio é responsável por tratar vários tipos de distúrbios perineais e podem ajudar homens e mulheres!

Eis os mais conhecidos e utilizados recursos fisioterapêuticos:

  • Cinesioterapia (terapia pelo movimento): São procedimentos onde se usa o movimento com os músculos, articulações, ligamentos, tendões e estruturas do sistema nervoso central e periférico, que têm como objetivo recuperar a função dos mesmos. A reeducação postural é um princípio da cinesioterapia: tratar deformidades da coluna ou problemas de postura com exercícios de alongamento e de fortalecimento muscular. Um dos caminhos é o popularmente conhecido no Brasil como RPG, porém pouco difundido na Europa, aonde se prefere os termos Cadeias musculares de Mezière ou Cadeias diagonais de Busquet (oblíquas, transversas), entre outras.
  • Eletroterapia: Recurso que utiliza a eletricidade em inúmeros tratamentos e estimulação, como o TENS e o FES.
  • Termoterapia: Terapia que utiliza o calor, ou o frio, como forma de tratar diversas patologias.
  • Fototerapia: Utiliza aparelhos geradores de luz em diversos tratamentos.
  • Mecanoterapia: Procedimento com aparelhos mecânicos para fortalecer, alongar, repotencializar a musculatura e reeducar movimentos comprometidos.
  • Hidroterapia: Cinesioterapia realizada em ambiente aquático.
  • Crioterapia: Emprego de gelo como procedimento terapêutico, geralmente em segmentos para tratamento de contusões e torções musculares.
  • Equoterapia (ou Hippoterapia): Trata-se do tratamento com auxílio do cavalo: este influencia o paciente, ao invés do paciente controlá-lo. O paciente é colocado sobre o cavalo e responde ativamente aos seus movimentos, enquanto o terapeuta, com o auxílio do auxiliar guia, determina a direção do percurso, a posição da cabeça e a velocidade do cavalo, assim como analisa as respostas do praticante fazendo os ajustes necessários para cada situação.
Fonoaudiologia

O trabalho do fonoaudiólogo no CER III é ajudar pessoas com deficiência auditiva, intelectual ou que sofreram um grande trauma que prejudicou a fala.

A fonoaudiologia (ou terapia da fala) é uma profissão que trabalha com a fala e a escrita, podendo ser realizada desde a infância ajudando a lidar com dificuldades de comunicação e de aprendizagem.

Para isso são usadas técnicas e exercícios que estimulam os músculos da face, que ajudam na deglutição (engolir), respiração, mastigação, e o ato de sugar indicados pelo fonoaudiólogo, com o objetivo final de melhorar a comunicação verbal potencializando as capacidades de cada indivíduo.

A fonoaudiologia serve para melhorar a comunicação e a escrita, auxiliando nos aspectos sociais e nos relacionamentos interpessoais.

Apesar de serem muito conhecidos por ajudar as crianças que tem um atraso na fala, ou seja, que já tem 2 anos e que ainda não falam, os fonoaudiologistas também trabalham com crianças que possuem dislexia, autismo, síndromes genéticas, deficiências auditivas, alterações neurológicas e casos de paralisia cerebral, melhorando sua comunicação. Além disso, os fonoaudiólogos também auxiliam os adultos após quadros neurológicos, como AVC ou a usarem a sua voz de forma mais eficiente.

Quando a criança precisa de fonoaudiologia?

Os sinais que apontam uma necessidade de tratamento fonoaudiológico são:

  • Dificuldade na deglutição, que pode ser observada desde bebê;
  • Língua presa;
  • Palavras ditas erradas, de difícil compreensão;
  • Aprende palavras soltas, mas não consegue formar frases;
  • Dificuldade para compreender o que as pessoas falam;
  • Troca a ordem das palavras na frase;
  • Muita dificuldade para conjugar verbos;
  • Atraso no desenvolvimento da fala. Veja aqui quando é normal a criança começar a falar.
  • Deficiência auditiva;
  • Possui alguma síndrome genética, apresentando dispraxia, por exemplo.

Durante o tratamento o terapeuta deverá utilizar brincadeiras, jogos e músicas para alcançar seus objetivos a fim de tornar as sessões mais interessantes para as crianças, aumentando sua participação e consequentemente os resultados.

A fonoaudiologia trabalha com:

  1. Audiologia: Está relacionada com a avaliação da saúde auditiva da criança, realizando o estudo e análise das estruturas do ouvido e do sistema nervoso, reabilitação da audição e uso de prótese auditiva;
  2. Linguagem: Área que avalia dificuldades na linguagem, como atraso na fala, gagueira, dislalias (trocas de letras na fala e na escrita) e distúrbios de aprendizagem;
  3. Motricidade oralfacial: Se relaciona com a problemas ligados à sucção, mastigação, deglutição, respiração e fala, além de chiados na fala e estética facial;
  4. Voz: Avalia, previne e trata problemas relacionados com a voz, postura corporal, articulação da fala, entonação, respiração, fluência e pronúncia, sendo útil também para profissionais como professores, oradores, jornalistas e cantores, por exemplo.
Nutrição

Desde que nascemos, a alimentação se torna fundamental para a nossa sobrevivência e para o nosso bem-estar.

No entanto, nem sempre ao longo da vida nos alimentamos de forma correta, o que pode trazer diversos problemas e diminuir a qualidade de vida. Por isso, cuidar da alimentação é importante, se quisermos trazer benefícios para a nossa saúde.

Aliás, ter uma alimentação saudável e balanceada aliada à prática de atividade física é uma das principais recomendações para quem quer aumentar a qualidade e expectativa de vida.

Para que se possa ter ciência sobre os alimentos mais adequados à uma dieta saudável, é fundamental ter alguns conhecimentos de nutrição. Mas, qual é areal importância da nutrição no nosso dia a dia? Que tipo de alimentos devem ser ingeridos para se ter uma alimentação saudável e equilibrada?

A nutrição é a ciência que estuda a composição dos alimentos e controla a relação do homem com o alimento visando o bem-estar e a saúde do indivíduo. Cada alimento possui nutrientes que são importantes para o bom funcionamento do corpo humano.

No entanto, nem sempre sabemos o que é mais saudável, e muitas vezes recorre-se a dietas malucas para tentar obter o resultado desejado.

Uma dieta ideal inclui a ingestão de carboidratos, proteínas, vitaminas, minerais e lipídios.

Por isso, retirar completamente os carboidratos ou as proteínas do cardápio, por exemplo, não é recomendável, já que nenhum grupo isolado de alimento apresenta todos os nutrientes necessários para a saúde. Também deve ser evitado o exagero em doces ou comidas gordurosas.

Para evitar que a dieta seja feita de forma inadequada, o ideal é buscar a orientação de um nutricionista.

Conforme as suas necessidades e o objetivo a ser alcançado, ele elabora um programa nutricional que deve ser seguido durante o tempo que for determinado pelo profissional e, é claro, ao longo da vida se você não quiser voltar a ter aqueles indesejáveis quilinhos extras. Uma das principais recomendações é evitar ficar sem comer durante um longo período, por isso além das refeições normais como café da manhã, almoço ou jantar, é sempre indicada uma colação, ou seja, no intervalo das refeições deve-se comer algo leve no lanche da manhã e da tarde. Assim, para ter uma refeição equilibrada deve-se fazer de 5 a 6 refeições diárias.

É atribuição do nutricionista indicar a quantidade de porções dos alimentos que deve ser ingerida por dia.

Essa quantidade é diferente para cada tipo de pessoa, já que leva em consideração algumas características da pessoa como tamanho (peso e altura), idade, sexo, histórico médico e nível de atividade física.

O nutricionista, no entanto, não está somente presente na vida de quem deseja emagrecer. Quem quer manter uma alimentação saudável, devido à prática de exercícios físicos, também recorre ao profissional que orienta os atletas a se alimentarem corretamente. Seu trabalho também é valorizado em empresas, hotéis, restaurantes, hospitais, asilos, spas e escolas, pois são os responsáveis pela elaboração do cardápio das refeições que são oferecidas a clientes, estudantes, hóspedes ou pacientes.

O nutricionista também é de fundamental importância na escolha dos alimentos que devem ser prescritos para hipertensos, diabéticos, obesos, pacientes de doenças renais ou para qualquer outra pessoa que necessite de cuidados especiais com a alimentação.

Para trabalhar com nutrição é exigida especialização e qualificação profissional.

O profissional pode trabalhar nas áreas de nutrição clínica ou hospitalar (trabalhando em equipes de saúde e equipes multiprofissionais), nutrição em saúde pública (programas de segurança alimentar e nutricional sustentável), nutrição esportiva, indústria alimentar (processo tecnológico para produção, conservação e embalagem de produtos alimentares) e higiene e inspeção de alimentos (análise microbiológica em alimentos).

Manter uma alimentação saudável nem sempre é possível.

Ainda mais com o corre-corre diário, quando nem sempre se pode parar para almoçar corretamente, optando por fazer uma rápida refeição.

No entanto, apesar das dificuldades do cotidiano, alimentar-se bem e de forma correta é fundamental para o nosso organismo.

É preciso ainda investir na qualidade dos alimentos e não tanto na quantidade do que é ingerido.

Em cada etapa da nossa vida, como na infância, adolescência, fase adulta e terceira idade, há necessidade maior de determinados tipos de alimentos. Mas, é na infância que se deve começar a investir na qualidade dos alimentos que serão consumidos, mesmo porque se a criança tem o hábito de se alimentar de forma saudável, provavelmente ela manterá o hábito durante todas as fases da sua vida. Por isso, confira a seguir o tipo de alimentação que deve ter destaque nas várias fases da vida.

  • Infância – o leite materno é um alimento completo pois contém todos os nutrientes importantes para seu desenvolvimento, e por isso deve ser o único alimento oferecido ao bebê até os 6 meses de idade. A partir dos 6 meses de vida, já é permitida a introdução de novos alimentos. Sucos e papinhas podem fazer parte do cardápio. Frutas (amassadas ou raspadas), hortaliças e legumes devem ser oferecidos um a um para que o bebê comece a se habituar com os novos sabores. A criança deve ainda comer cereais, carnes e leguminosas e evitar o consumo de guloseimas e alimentos que contenham baixo valor nutricional. É nessa fase da vida que a criança forma o seu paladar, por isso é essencial apresentar alimentos saudáveis a ela. Desta forma, quando se tornar um adulto ela continuará mantendo hábitos alimentares saudáveis, além de uma dieta balanceada.
  • Adolescência – nesta fase da vida, os adolescentes gostam de trocar uma alimentação saudável por frituras, doces e refrigerantes (fast-food), mas uma dieta balanceada é fundamental. Por isso, é importante explicar porque se deve incluir no cardápio as verduras e os alimentos ricos em cálcio, ferro e zinco. O cálcio (leite e derivados como queijo e iogurte), por exemplo, ajuda a fortalecer os ossos (que crescem e ganham massa até aos 30 anos de idade). O ferro (carne vermelha, feijão, soja, lentilha, grão-de-bico, etc.) ajuda no desenvolvimento muscular, sendo essencial para a fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para as células do corpo. Já o zinco (carne, arroz, pão integral, aveia, semente de abóbora, leite integral) contribui para o crescimento e a maturação sexual do adolescente, sendo ainda fundamental para o desenvolvimento e proteção do organismo contra os radicais livres.
  • Adulto – a fase adulta é chamada de fase da manutenção, já que a pessoa tem os seus hábitos alimentares adquiridos, e a tendência é mantê-los, sendo, portanto, mais difícil mudar. No entanto, se até aqui a pessoa ainda não se convenceu de que ter uma alimentação saudável e balanceada é o melhor para a sua saúde, vale a pena rever os seus conceitos, pois o bom funcionamento do organismo irá ajudar a prevenir doenças e a melhorar a sua qualidade de vida quando for idoso.
  • Idoso – nesta fase ocorrem muitas mudanças como alteração na capacidade de mastigar, deglutir, digerir e absorver os alimentos, e redução no paladar e do olfato. É importante consumir alimentos de grupos variados, priorizando os de alto valor nutricional. Deve-se estimular o consumo de alimentos que estimulem a mastigação. O idoso deve comer de forma fracionada, ou seja, mais vezes durante o dia. Além disso, é importante ter o hábito de beber água, pois a falta de líquido pode acarretar problemas renais ou até desidratação.
Serviço Social

Apoio a famílias em situação de risco e ser suporte para pessoas que não têm condições de fazer um tratamento adequado são atividades indispensáveis de quem vai trabalhar com serviço social num CER III.

O Serviço Social é uma profissão de caráter sócio-político, crítico, investigativo e interventivo, que se utiliza desse instrumental científico para análise no conjunto de desigualdades sociais.

Falaremos sobre atuação desses profissionais na defesa dos direitos da pessoa com deficiência.

Recentemente entrou em vigor no Brasil o Estatuto da Pessoa com Deficiência, também chamado de Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015). Influenciado por normas internacionais, o principal objetivo da lei é garantir e promover, sempre pautada pelos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais pela pessoa com deficiência, viabilizando a inclusão e a cidadania.

Antes do Estatuto várias leis trataram dos direitos das pessoas com deficiência, mas nenhuma delas de forma tão abrangente e com a ideia de inclusão.

Mas você sabe quem é considerado pessoa com deficiência e o que é inclusão?
Considera-se pessoa com deficiência, segundo o art. 2º do Estatuto, aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Veja-se, que o conceito de pessoa com deficiência é amplo, possibilitando a inserção de vários tipos e níveis de deficiência, confirmando a preocupação legal com a inclusão de todas as pessoas com deficiência na sociedade.
O ato de incluir é amplo, pressupõe a inserção da pessoa com deficiência na vida social com igualdade de direitos, garantias e obrigações.

É direito humano e fundamental, com previsão infraconstitucional, constitucional e internacional, de responsabilidade do Estado, da sociedade, da família, de todos.

Incluir é permitir à pessoa com deficiência vivência plena, sem qualquer tipo de discriminação ou preconceito.
Se não há como falar em direitos da pessoa com deficiência sem a inclusão, não há como falar em inclusão sem a acessibilidade, que nada mais é que a eliminação de barreiras, de obstáculos e comportamentos que impeçam a participação social e o exercício dos direitos da pessoa com deficiência (incluindo acesso, com segurança e autonomia, a espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias).
Assim, a acessibilidade é um direito da pessoa com deficiência e é obrigação de toda a sociedade e os assistentes sociais tem grande relevância nesse processo, de inclusão e defesa dos direitos da pessoa com deficiência.

É um serviço para pessoas com deficiência ou idosas com algum grau de dependência e suas famílias, que tiveram suas limitações agravadas por violações de direitos, como isolamento, confinamento, atitudes discriminatórias e preconceituosas, falta de cuidados adequados por parte do cuidador, entre outras situações que aumentam a dependência e comprometem o desenvolvimento da autonomia.

Esse serviço promove atividades que garantem a autonomia, a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida das pessoas que usam o serviço.

Nesse sentido, visa diminuir a exclusão social tanto do dependente quanto do cuidador, da sobrecarga decorrente da situação de dependência/prestação de cuidados prolongados, bem como a superação das violações de direitos que fragilizam o indivíduo e intensificam o grau de dependência da pessoa com deficiência ou idosa.

Enfermagem

Outro trabalho essencial é o de enfermagem dentro de um Centro.

Dar todo suporte ao paciente é a função número um, mas ajudar todas as outras áreas envolvidas no processo também faz parte.

Essas são as principais áreas, mas claro que há outras especializações que podem ser úteis no cuidado dos pacientes em um Centro Especializado em Reabilitação III.

Neurologia Pediátrica ou Neuropediatria

Não se trata apenas de Neurologia.

Criança não é um adulto em miniatura, e é aí que o papel da Neurologia Pediátrica faz toda a diferença.

Ela vai tratar de olhar pra doenças neurológicas em neonatos, lactentes, crianças e até adolescentes, uma vez que esses pacientes exigem um manejo diferenciado devido às características singulares de cada faixa etária.

O neuropediatra, como é chamado o médico especialista nesta área, é aquele profissional de extrema importância no tratamento de problemas no sistema nervoso e sistema muscular, quando, por exemplo, é necessário avaliar a defasagem no desenvolvimento motor, cognitivo e de linguagem manifestados em pacientes crianças e adolescentes.

A atuação da Neuropediatria está intimamente ligada à atuação de outras especialidades médicas.

Isso porque a Neurologia Infantil vai abranger e tratar de enfermidades e distúrbios da medula espinhal, cérebro, sistema nervoso periférico, sistema nervoso autônomo, músculos e vasos sanguíneos que afetam as crianças e normalmente são diagnosticadas ou tem sua investigação inicial, na consulta pediátrica de rotina.

E os atendimentos vão desde os transtornos relativamente simples, como cefaleias, hiperatividade, déficit de atenção, problemas com sono e terror noturno até os mais complexos como distúrbios neurodegenerativos, autismo, paralisia, e outros. Se uma criança tem problemas que envolvem o sistema nervoso, é aí que entra em campo o neurologista pediátrico com sua sensibilidade, conhecimento aprofundado e treinamento especializado para avaliar, diagnosticar e tratar com eficácia a criança doente.

Na maioria das vezes, as crianças são levadas pelos pais ao primeiro atendimento com esse especialista por indicação do pediatra.

Eles observam um comportamento que por vezes foge ao comum ou referem dores e sintomas sentidos ou percebidos: às vezes a criança demorou para conseguir sentar-se sem apoio, teve dificuldades em aprender a engatinhar ou tardou demais a começar a falar.

Esses marcos de desenvolvimento neuropsicomotor são os fatores de atenção que os responsáveis mais notam e comunicam ao pediatra.

Infantes em idade escolar costumam ser pacientes recorrentes dessa especialidade: são problemas com o rendimento acadêmico, deficiência intelectual ou altas habilidades cognitivas, dislexia, dislalia, convulsões e cefaleias constantes que acendem o sinal de alerta. 

Contar com um pediatra nessas horas faz toda a diferença, pois além de se preocupar com a saúde da criança, ele será capaz de orientar os pais da melhor forma durante todo o tratamento e ainda, se julgar imprescindível, indicar a neuropediatria para atuar em conjunto, entre outros profissionais da área da saúde mental, cognitiva e motora. 

O neuropediatra, logo na primeira consulta, faz a avaliação criteriosa do paciente, muito por base dos relatos da família e das indicações do pediatra e, se necessário, faz a solicitação de alguns exames complementares, sejam eles de laboratório, imagem ou neurofisiológicos, pois eles serão a base para auxiliar no diagnóstico. 

E não ache você que o Neuropediatra está sozinho, não!

O seu trabalho é muitas vezes auxiliado por outros profissionais da saúde, já dito anteriormente!

Nós já vimos que o pediatra pode andar lado a lado do Neurologista Infantil, mas nessa empreitada também pode atuar uma equipe multidisciplinar, sendo mais específicos é formada por psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psiquiatras, e até geneticistas, buscando trazer conforto e tratamento a criança em atendimento.

Também não pense que só a primeira infância ou os pré-adolescentes são os que mais demandam desse especialista! Nem sempre a criança precisa estar maiorzinha e apresentar sintomas para que ele entre em ação.

Há casos em que a presença do neurologista infantil é requisitada desde o nascimento e o acompanhamento se dá por muitos anos.

A consulta com um Neurologista Infantil tende, num primeiro momento, a diagnosticar a causa ou doença que acomete a criança. Partindo do histórico familiar, relato da rotina e desenvolvimento, além dos sintomas e queixas, o Neuropediatra pode solicitar exames complementares e indicação de profissionais para atuar conjuntamente para determinar os próximos passos. Depois disso, o médico poderá iniciar com a medicação, cirurgia ou terapias integradas. E são muitos e variados os tratamentos aplicados pelo Neurologista Infantil, podendo variar da aplicação de medicação, rotina de exames ou indicação cirúrgica. Tudo isso pra sanar as dores, os distúrbios neurológicos infantis, mas também buscando prevenir, retardar ou diminuir disfunções motoras dos pequenos pacientes.

Além de todo esse acompanhamento de pertinho após o diagnóstico, o Neuropediatra pode indicar acompanhamento preventivo, buscando diminuir a incidência de doenças genéticas e a ajudar cada criança a atingir o seu pleno potencial, mesmo com distúrbios neurológicos. 

Somado a isso tudo, cada vez mais temos o fortalecimento de áreas dentro da Neuropediatria, como a Neuroimunologia, Neurogenética, o desenvolvimento de novas tecnologias e o aprimoramento de antigas, como a realização do eletroencefalograma.

Como você viu, a Neurologia Pediátrica é uma área delicada que exige sensibilidade, porque é complexa e desafiadora.

Os atendimentos aos pequenos se dão, na maior parte dos casos, em consultórios e ambulatórios, normalmente encaminhados por pediatra ou clínico.

Por esse motivo, o médico especialista neste campo da medicina possui interface com inúmeras especialidades para fazer a melhor abordagem transdisciplinar nos diagnósticos e tratamentos. Não se esqueça de que a infância é uma fase linda e única na vida do indivíduo humano, por isso, qualquer patologia que atrapalhe o desenvolvimento nesse período pode repercutir negativamente por toda a sua vida.

O papel do Neuropediatra é tão importante, pois pode minimizar os impactos de doenças neurológicas na vida adulta, tornando o paciente mais autônomo e funcional na sociedade.

Neurologia (Adultos)

A Neurologia é a especialidade médica que estuda e trata dos distúrbios estruturais do sistema nervoso: cérebro, medula, nervos e músculos.

O Neurologista é o médico que se dedica ao estudo e tratamento dos problemas do sistema nervoso.

Fornece o diagnóstico e tratamento de todas as categorias de doenças que envolvem os sistemas nervoso central, periférico e autônomo, incluindo os seus revestimentos, vasos sanguíneos, e todos os tecidos efetores, como os músculos.

A função do médico neurologista é investigar, diagnosticar e tratar distúrbios neurológicos.

As doenças mais comuns tratadas pelo neurologista são as dores de cabeça, problemas de memória, distúrbios dos movimentos, crises convulsivas e epilepsia.

Terapia Ocupacional (T.O.)

A terapia ocupacional ajuda as pessoas a superar desafios referentes a dificuldades na realização das atividades diárias.

O terapeuta ocupacional ajuda pacientes com lesões, doenças ou deficiências a se desenvolverem, recuperar e melhorar as habilidades necessárias para a vida diária, a aprendizagem e o trabalho. 

O terapeuta ocupacional (TO) ajuda pessoas de todas as idades a superar dificuldades físicas ou doenças para realizar atividades cotidianas.

Sua atuação vai desde uma avaliação na casa do paciente para criar um ambiente de vida seguro até ajudar nas tarefas diárias, como se vestir, comer, fazer tarefas escolares, dirigir, etc.

Entende melhor o que faz a terapia ocupacional.

Um terapeuta ocupacional observa os pacientes realizando tarefas, faz perguntas e analisa seu histórico médico.

Usa essas informações para avaliar sua condição e suas necessidades e estabelece um plano de tratamento com atividades e metas específicas.

O TO ajuda pessoas com diferentes deficiências em várias tarefas, como também uma pessoa mais velha com memória fraca a usar um computador ou uma criança com autismo nas atividades lúdicas.

Através de exercícios, também ajudam a aliviar a dor de pessoas com doenças crônicas, como alongamentos para quem sofre de artrite, por exemplo. 

Da mesma forma, pacientes com deficiências permanentes, como paralisia cerebral, muitas vezes, precisam de ajuda para realizar tarefas diárias.

Nesses casos, os terapeutas ocupacionais ensinam a usar equipamentos adaptativos adequados, como muletas e cadeiras de rodas.

Alguns terapeutas ocupacionais trabalham em ambientes educacionais com crianças, individualmente ou em grupos.

Avaliam as habilidades de crianças com deficiência, modificam o equipamento da sala de aula e as ajudam a participar das atividades escolares. 

Alguns terapeutas oferecem intervenção precoce para bebês e crianças pequenas que têm, ou correm o risco de ter, atrasos no desenvolvimento.

Os terapeutas ocupacionais que trabalham com idosos ajudam seus pacientes a ter uma vida mais independente e ativa.

Avaliam as habilidades e o ambiente do paciente e fazem recomendações, como o uso de equipamentos adaptáveis ​​ou a identificação e remoção de possíveis riscos de queda em casa. 

Em alguns casos, os terapeutas ocupacionais ajudam os pacientes a criar ambientes de trabalho funcionais.

Avaliam o espaço de trabalho, planejam atividades e se reúnem com o empregador do paciente para colaborar nas mudanças no ambiente de trabalho.

Os terapeutas ocupacionais também atuam em ambientes de saúde mental, ajudando pacientes com transtornos de desenvolvimento, doenças mentais e problemas emocionais.

Ajudam esses pacientes a realizar atividades cotidianas, ensinando habilidades como gerenciamento de tempo, uso de transporte público e tarefas domésticas. 

Além disso, os terapeutas podem trabalhar com indivíduos com problemas como abuso de drogas, alcoolismo, depressão ou outros transtornos.

Em hospitais ou consultórios médicos, trabalham como parte de uma equipe de saúde, com médicos, enfermeiras e outros terapeutas.

Podem também supervisionar assistentes e assessores de terapia ocupacional.

Um terapeuta ocupacional verifica as habilidades físicas, como força, equilíbrio e coordenação; mentais, como memória, estratégias de enfrentamento e organizacionais de seus pacientes.

A terapia ocupacional ajuda a superar dificuldades, educar ou instruir sobre como fazer as atividades com as habilidades que a pessoa possui, por exemplo, locomover-se em uma cadeira de rodas.

O TO também sugere atividades que ajudam o paciente a melhorar ou manter as habilidades que possui, por exemplo, melhorando suas estratégias de enfrentamento em diversas situações.

Os terapeutas ocupacionais não apenas ajudam a superar as barreiras, mas também a prevenir internações hospitalares desnecessárias e readmissões; mudanças prematuras para uma casa de repouso; acidentes de trabalho devido ao mau posicionamento da estação de trabalho e outras tensões organizacionais; abandono escolar devido à falta de atenção ou dificuldades de leitura e escrita; desemprego entre pessoas com deficiência de desenvolvimento ou doença mental.

Ortopedia

Entre as diversas especialidades médicas, a ortopedia se destaca pelos novos costumes adotados na Era Digital.

Atualmente, o dia a dia das pessoas está cada vez mais ligado a eletrônicos, principalmente, com a chegada da pandemia do coronavírus, em que medidas preventivas foram adotadas, como o isolamento social e os trabalhos realizados de maneira remota, ou seja, o home office.

 Assim, é muito comum que as pessoas constantemente conectadas costumam apresentar problemas como cansaço excessivo e dores constantes na região das costas e falanges.

Dessa forma, tais sintomas apresentam a necessidade de uma mudança pela parte do indivíduo, além de uma consulta com o médico ortopedista.

Logo, mais do que nunca, o profissional de ortopedia é necessário.

E, para isso, é importante entender o que é, o que se trata e quando procurar o médico que cuida muito mais que os ossos.

Confira, a seguir, mais detalhes sobre a especialidade!

A ortopedia é uma especialização da medicina a qual foca em diagnosticar, tratar e prevenir lesões e disfunções ligadas à locomoção. Ossos, músculos, ligamentos, nervos, articulações e tendões.

Nesse sentido, é importante entender que a ortopedia é diferente da reumatologia, uma área que muitos confundem pelo fato de ambas serem capazes de tratar problemas, como a artrose.

o médico ortopedista é capaz de tratar condições como problemas de crescimento, artrose, bursite, lesões dos meniscos, hérnia de disco, entorses, joanete, fratura do colo femoral, ruptura de ligamentos e entre outros.

Dessa forma, essa especialidade está ligada com problemas envolvidos com o sistema musculoesquelético.

A artrose se caracteriza por uma degeneração da cartilagem entre os ossos.

Já a artrite é uma inflamação das articulações que se caracteriza por uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico inicia um “ataque”, no próprio tecido, que  protege as articulações.

Nesse sentido, tanto artrite quanto artrose são problemas muito comuns na população.

Logo, é preciso entender quais profissionais podem ajudar nos diferentes casos.

Como já dito anteriormente, a artrose pode ser tratada pelo reumatologista ou ortopedista.

Muitos se perguntam “o que o médico ortopedista faz?”.

Para isso, é essencial entender que o especialista em ortopedia consegue atuar muito além do campo cirúrgico.

Pode prevenir, pesquisar e tratar enfermidades que venham a prejudicar os músculos, ossos, articulações, tendões e ligamentos.

Dessa maneira, as pessoas que sentem certas limitações nos movimentos, dores constantes na área das articulações, ossos ou também nos músculos, uma dor que se agrava com determinado movimento, alguma deformação ou a diminuição na flexibilidade das articulações, precisam procurar o médico ortopedista.

É o momento ideal de procurá-lo, para que esse possa diagnosticar com precisão a causa de tal problema e, assim, seguir com um tratamento adequado.

Além disso, encontrar um médico na especialidade de ortopedia, que forneça confiança ao paciente é essencial para que tudo ocorra bem, desde uma consulta até uma cirurgia.

Nessa visão, o profissional que é bem recomendado por outros médicos, reconhecido por sua experiência na especialidade, e tem um atendimento personalizado, conferindo toda a atenção, cuidado e também a confiança ao paciente é fundamental.

Portanto, saber escolher o médico ortopedista pode fazer a diferença no seu diagnóstico, tratamento e, em alguns casos, a sua cura.

Logo, se observa  uma grande importância de consultar um profissional da ortopedia que possa transmitir tais valores.

Quando é indicado um ortopedista, muitos se perguntam a diferença desse profissional para o reumatologista, assim, é essencial esclarecer tal dúvida para que o paciente não tome caminhos errados quando buscar ajuda médica.

O profissional de reumatologia é responsável e apto para cuidar de inflamações ou doenças autoimunes que atingem o tecido conjuntivo e partes do corpo como articulações, músculos, ossos, tendões e entre outros.

Por outro lado, o médico ortopedista é capaz de tratar distúrbios mecânicos, além de prevenir, diagnosticar e reabilitar o sistema musculoesquelético.

Esse profissional está mais associado com os ossos, logo, sendo capaz de atender situações como fraturas, lesões no ligamento, deformidades ósseas e entre outras.

Apesar das diferenças apresentadas, ambas as profissões costumam trabalhar juntas.

A depender do caso, um médico ortopedista  e um reumatologista podem atuar em conjunto em busca de uma melhora completa do paciente.

Ultrassonografia

A ultrassonografia, também conhecida por ecografia e ultrassom, é um exame de imagem diagnóstico que serve para visualizar em tempo real qualquer órgão ou tecido do corpo. Quando o exame é realizado com Doppler, o médico consegue observar o fluxo sanguíneo dessa região.

A ultrassonografia é um procedimento simples, rápido e não possui restrições, podendo ser feito sempre que o médico achar necessário, não sendo necessário esperar entre um ultrassom e outro.

No entanto, é importante que seja verificado se existe alguma recomendação para a realização do exame, como encher a bexiga ou tomar medicamentos para eliminar o excesso de gases, já que isso pode dificultar a visualização dos órgãos.

A ultrassonografia é um exame de imagem que pode ser indicada pelo médico com o objetivo de identificar alterações nos órgãos.

Assim, esse exame pode ser recomendado para:

  • Investigar a dor abdominal, nos flancos ou nas costas;
  • Diagnosticar a gravidez ou avaliar o desenvolvimento do feto;
  • Diagnosticar doenças do útero, trompas, ovários;
  • Visualizar as estruturas dos músculos, articulações, tendões;
  • Para visualizar qualquer outra estrutura do corpo humano.

A ultrassonografia deve ser realizada em um laboratório, clínica ou hospital, sempre sob indicação médica, para auxiliar no diagnóstico ou tratamento de diversas situações.

Além disso, antes da realização do exame é preciso se informar sobre o preparo para os exames, pois em alguns tipos de ultrassonografia pode ser necessário beber bastante água, ficar em jejum ou tomar remédios para eliminar os gases, por exemplo.

Otorrinolaringologista

O otorrinolaringologista é o médico especialista em doenças do ouvido, nariz, laringe, faringe, garganta ou cordas vocais, como otite, amigdalite, rinite, apneia do sono ou rouquidão, por exemplo. Durante a consulta com o otorrinolaringologista são realizados exames que permitem verificar alterações na respiração, audição, voz ou deglutição.

O médico otorrinolaringologista, também conhecido como otorrino, pode diagnosticar situações como câncer de cabeça e pescoço, realizar exames de audiometria ou laringoscopia, e fazer cirurgias de correção de desvio do septo ou pólipo nasal, ou cirurgias plásticas no nariz ou orelha, como rinoplastia ou otoplastia.

É importante consultar o otorrinolaringologista sempre que surgirem sintomas como dor de garganta, nariz entupido ou escorrendo, dor de ouvido ou diminuição da audição, tontura ou sangramento no nariz ou ouvido, para que para que seja feito o diagnóstico e o tratamento mais adequado.

O otorrinolaringologista é o médico responsável por avaliar, identificar e tratar doenças como: 

  • Amigdalite;
  • Faringite;
  • Laringite;
  • Sinusite;
  • Otite;
  • Rinite;
  • Labirintite;
  • Diminuição ou perda da audição;
  • Perfuração no tímpano;
  • Surdez;
  • Zumbido no ouvido;
  • Estomatite;
  • Desvio de septo;
  • Adenóide;
  • Pólipo nasal;
  • Obstrução ou congestão nasal;
  • Perda da voz ou rouquidão;
  • Ronco ou apneia do sono;
  • Distúrbios do olfato
  • Distúrbio de deglutição;
  • Lesões na boca ou língua;
  • Sangramento no nariz;
  • Dificuldade para respirar;
  • Nódulos ou calos nas cordas vocais;
  • Paralisia facial.

Além disso, o otorrinolaringologista também é o médico responsável por detectar e tratar câncer de cabeça e pescoço, como câncer de garganta, boca, língua ou laringe, por exemplo.

O otorrinolaringologista também pode fazer cirurgias para correção de alterações, deformidades ou traumas na face, apnéia do sono, desvio de septo, implante coclear, ou cirurgias plásticas com fins estéticos no nariz ou orelha, como a rinoplastia e a otoplastia.

É recomendado marcar uma consulta com o otorrinolaringologista sempre que sintomas de alterações no nariz, garganta, ouvidos ou cordas vocais, como:

  • Dor de garganta;
  • Dor ou zumbido no ouvido;
  • Nariz entupido ou escorrendo;
  • Dificuldade para falar ou engolir;
  • Dificuldade para escutar;
  • Sangramento ou pus no nariz, ouvido ou garganta;
  • Perda súbita da audição;
  • Rouquidão;
  • Tontura ou falta de equilíbrio;
  • Ronco.

Além disso, pode-se consultar o otorrinolaringologista quando se deseja realizar cirurgia plástica no nariz ou na orelha.

Os principais exames que o otorrinolaringologista pode fazer ou prescrever são:

  • Laringoscopia;
  • Audiometria tonal ou vocal;
  • Endoscopia nasal ou otológica;
  • Acufenometria;
  • Decay test;
  • Eletrococleografia;
  • Estroboscopia laríngea;
  • Fonetograma;
  • Audiograma;
  • Posturografia estática ou dinâmica;
  • Timpanograma.
  • Impedanciometria;
  • Vectoeletronistagmografia;
  • Nasofibrolaringoscopia;
  • Videonasofibrolaringoscopia.

Além disso, o otorrinolaringologista pode fazer manobras de reabilitação para o tratamento da vertigem

Audiometria

A audiometria é um exame subjetivo que serve para avaliar a sua capacidade de ouvir e interpretar sons. É um procedimento simples, rápido e indolor, mas que tem uma importância fundamental para a qualidade de vida das pessoas. Por meio dos testes, o médico consegue identificar possíveis perdas auditivas, permitindo a adoção de medidas corretivas e preventivas. 

Antes de falar do teste, vamos explicar brevemente como você consegue ouvir. 

A audição funciona quando ondas sonoras estimulam os nervos localizados no ouvido interno. A transmissão dessas ondas ocorre pelo ar ou pela vibração dos ossos do ouvido. Se há algum problema nesse processo, a audiometria pode identificar qual é a condição do paciente. 

Para que você encare a audiometria com tranquilidade, entenda como é feito o exame, quais as recomendações prévias ao procedimento e o que se faz com os dados que ele registra.

Os indícios da perda de audição são percebidos, principalmente, pelos familiares e pessoas próximas ao seu convívio. Se o volume da TV está mais alto do que o costume, se é difícil entender o que os outros dizem ou se há a sensação de entupimento nos ouvidos, então é preciso investigar o motivo. Outra necessidade de realização da audiometria é completar diagnósticos, avaliando fatores como traumas, infecções e condições hereditárias, por exemplo.

Qualquer pessoa pode se submeter à audiometria. Em crianças pequenas, o desafio é um pouco maior, pois é preciso entreter o pequeno paciente para que responda aos comandos do profissional que está conduzindo os testes. Mas os procedimentos são similares. 

Importante ressaltar que apenas médicos  e fonoaudiólogos estão habilitados para realizar a audiometria. Esses profissionais são treinados e capacitados e usam equipamentos específicos para fazer a avaliação. (RESOLUÇÃO CFM nº 1.475/97)

A audiometria consiste em testes da transmissão de sons mecânicos (função da orelha média), a transmissão sonora neural (função coclear) e a habilidade de compreensão da fala (integração central).

Os tons puros (frequências únicas) são usados para testar a passagem do ar e a condução do som pelos ossos da orelha. O exame, é feito com um audiômetro, instrumento elétrico que gera sons em diversas frequências e diferentes níveis de decibéis (unidade de medida do volume do som).

Na prática, o primeiro passo para a audiometria é a realização de uma consulta. O profissional observa o ouvido, confere se há excesso de cera que possa interferir nos resultados e dá início à realização do teste.

O paciente entra em uma cabine acústica, isolada de ruídos externos. Ele coloca um fone de ouvido e presta atenção aos sons que o examinador emite. É preciso responder com um sinal combinado previamente, como levantar a mão ou apertar um botão, por exemplo. Nesse processo, que parece uma brincadeira, são medidas as frequências auditivas.

Cada ouvido é avaliado de forma individual. A perda pode estar localizada no ouvido externo, médio ou interno, nas vias auditivas, ou também pode haver perdas mistas.

Os testes realizados durante a audiometria são divididos em duas etapas:

Tonal: mede a resposta a tons puros, de diversas frequências, permitindo a detecção do grau e do tipo de perda auditiva. O teste é considerado subjetivo, pois depende da resposta dos pacientes aos estímulos oferecidos por quem o examina. É feito por via aérea ou por condução óssea.

Vocal:avalia a compreensão da voz humana. O especialista pronuncia palavras para que o paciente as reconheça. 

A intensidade do som é medida em decibéis (dB). Um sussurro tem em torno de 20 dB, enquanto um show musical fica entre 80 e 120 dB e uma turbina de avião gera mais de 140 dB. Se uma pessoa é exposta com frequência a sons acima de 85 dB pode apresentar perdas auditivas em algumas horas. 

A audiometria trabalha com uma escala que vai de zero a 120 dB. A audição normal vai até os 25 dB. Se o paciente começa a ouvir entre 26 e 40 dB, existe uma perda auditiva leve. Entre 41 e 55 dB, é considerada moderada. De 56 a 70 dB, a perda é moderadamente severa. De 71 e 90, a perda é severa e acima disso é considerada profunda. 

Já o tom é medido em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). Tons mais graves ficam entre 50 a 60 Hz, enquanto os mais agudos podem extrapolar os 10 mil Hz. Normalmente, a audição humana capta entre 20 e 20 mil Hz. A fala humana fica entre 500 e 3 mil Hz. Alguns animais consegue ouvir acima de 50 mil Hz, para se ter uma ideia de comparação.

Os dados coletados durante o exame são compilados em um gráfico, chamado audiograma, que registra as respostas do paciente aos sons. Em casos de perda auditiva, o exame ajuda a definir se é necessário usar o aparelho auditivo e qual o modelo mais apropriado. Em outros casos, contribui para o diagnóstico de doenças. 

Se for comprovada a perda auditiva, em que não há possibilidade de tratamento cirúrgico para correção, nem a administração de medicamentos, a opção é usar aparelho auditivo. Existem mais de 400 modelos, que variam conforme as necessidades de cada paciente. Quem indica a melhor opção é o profissional médico ou fonoaudiólogo. 

Audiometria tonal realizada no Serviço de Audiologia HCUFG/2006 ...
Exemplo de uma audiometria tonal
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